terça-feira, 27 de dezembro de 2016

Documentários Vistos (10)


Uma jovem inglesa de 34 anos, do nada sofre uma hemorragia intracerebral (derrame). Sua vida sofre uma reviravolta. Como sobrevivente, agora ela terá que se adaptar a uma nova forma de viver. Uma existência não só de limitações, mas de novas possibilidades e aprendizado. 

My Beautiful Broken Brain (acho que traduzido fica: Meu Lindo Cérebro Danificado) conta passo a passo à recuperação e luta da Lotje em vencer as limitações que lhes foram impostas pelo derrame. A própria paciente é quem narra sua jornada de reaprendizado, junto à família, amigos, hospital e médicos. Ela mostra paciência, determinação, garra e muito foco em vencer suas deficiências cognitivas. Um lindo documentário.

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Fantástico documentário indicado ao Oscar 2015 sobre o trabalho fotográfico do brasileiro, Sebastião Salgado. Desde a década de 1970 ele vem eternizando em suas lentes uma parte de nossa história. Diga-se de passagem, uma história triste e cheia de opressão, repressão, brutalidade e etc. 

Em suas viagens pelo Brasil, América Latina, Europa e África, sua máquina fotográfica registrou as tragédias, guerras, injustiças sociais e pobreza que grassam nesses lugares. Nordeste brasileiro, Nigéria, Mali, Etiópia, Ruanda, Iugoslávia entre outros lugares visitados. O seu diagnóstico sobre o gênero humano, não é nenhuma novidade: 

“Somos um animal feroz. Nós, humanos somos um animal terrível. Seja na Europa, seja na África, na América Latina, em toda parte. Somos de uma violência extrema, de verdade. Nossa história é uma história de guerras. É uma história que não tem fim. Uma história de repressão, uma história... doentia. [...] O mundo inteiro deveria ver essas fotos para constatar quão monstruosa é a espécie humana”. 

Muito verdadeira essas palavras.

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Bateu uma nostalgia muito boa em assistir esse vídeo que conta a história de como surgiram os primeiros vídeos games na década de 1970, e sua evolução passando pela Atari, Nintendo, Playstation, Xbox e etc. Os grandes nomes dessa bilionária indústria de entretenimento são entrevistados, e releva-nos com muita paixão e dedicação um pouco desse mundo mágico e alternativo.

“Você olha pro pessoal que constroem um vídeo game; e você vê um compositor de música; você vê um escritor; você vê um artista que faz os esboços; vê o artista técnico; você vê designers de níveis que criaram espaços como arquitetos, são uma espécie de vingadores do talento, se você parar pra pensar”. 

Parece que nem a indústria do cinema é tão complexa quanto a dos games. 


O socialismo (muitos chamariam de comunismo) e suas mazelas sobre toda uma nação é desnudado com toda a sua selvageria e crueldade sem tamanho, sobre os pobres cambojanos. Um sobrevivente do terrível regime ditatorial do Pol Pot, conta com muitos detalhes, suas sombrias e infelizes lembranças da infância, quando colheu os frutos amargos desse nefasto sistema que se instalou no Camboja em 1975. 

Imagens e vídeos da época são um diferencial desse documentário que é narrado pelo sobrevivente cambojano, Rythy Pahn, que expressa os seus sentimentos, palavras, medos e resignação, num tom triste e melancólico, e que faz você sentir e vivenciar o mínimo que seja, o quanto ele e seus patrícios sofreram sob um governo que lhes prometeu felicidade, liberdade, igualdade e justiça, mas só encontraram fome, escravidão e torturas. Também pequenos bonecos de argila, muito bem entalhados, ilustram o Camboja dos anos 1970, e dão um tom especial as palavras do narrador. 

“A revolução é tão pura que não deseja seres humanos”. 

“De repente não há mais indivíduos, mas apenas números. Nosso cabelo é cortado. Relógios, óculos, brinquedos [e] livros são apreendidos. Nossas roupas são tingidas de preto, nossos primeiros nomes alterados. Nós somos o Novo Povo. Pessoas de classe média, intelectuais, capitalistas a serem reeducados ou destruídos. Você tem que abraçar a condição proletária. Aqui está o novo país, chamado Kampuchea Democrática”.

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A princípio fiquei meio cético em acreditar que ainda estavam vivos alguns cangaceiros do bando de Lampião. Mas esse casal de velhinhos realmente esteve ao lado do grande cangaceiro e de Maria Bonita, aterrorizando o sertão nordestino na década de 1930. É um precioso documentário que nos conta as peripécias e aventuras de ambos, numa época tão distante de nossos dias. 

Outros cangaceiros por incrível que pareça, ainda vivem (pelo menos na época em que as gravações foram feitas até 2010), e são entrevistados no vídeo. Alguns policiais, que naquele período eram conhecidos como “as volantes”, que tinha a finalidade de pegar Lampião, estão vivos e também são entrevistados.

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