Um ótimo debate
intitulado, “Está perdido o texto do Novo Testamento?”, assistido agora pela
manhã. Dois leões da enfadonha e maçante área da Crítica Textual, dando o
melhor de si, num espaço curto de tempo, os resultados de seus longos e
exaustivos estudos sobre o livro mais comentado e discutido de todos os tempos.
Acredito que o Bart
Erhman expõe de maneira mais clara e lúcida sua visão no debate. Ou seja, não é
possível chegarmos ao texto original do Novo Testamento. Numa argumentação
poderosamente lógica e calcada na opinião de vários eruditos de peso, ele se
sai melhor em sua apresentação que o Daniel Wallace, que defende que o texto original
pode ser reconstruído.
Isso quer dizer que o
Erhman está correto? Talvez não. Embora ele desenvolva uma habilidade
assustadora ao lidar com esse tema, como sempre o faz em seus livros (li dois
livros dele). O que acontece é que o discurso do Wallace é confuso e enviesado,
não conseguindo explanar de maneira clara e objetiva a sua defesa do “texto
original” do Novo Testamento. Mas isso de maneira alguma, desmerece o discurso
do Erhman.
Erhman, em várias
ocasiões do debate enfatiza que os eruditos discordam nessa questão. Porém,
segundo ele, a maioria concorda com o que ele diz. Por outro lado, existem
eruditos que compartilham das conclusões do Wallace. O que resta a nós, pobres
mortais, leigos e neófitos? Creio que o elemento “fé” entra em jogo. Porque
existem bons debatedores de ambos os lados. Entretanto, Erhman ganhou o debate.
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