quarta-feira, 30 de setembro de 2015

Nem Homem, Nem mulher



O documentário trata da ambiguidade sexual que está fora dos padrões de masculino e feminino. Anomalias de Diferenciação Sexual (ADS).

Uma jovem chamada Katie, com ADS, diz:

“Eu pareço uma menina, tenho um corpo de mulher, mas em vez de cromossomos XX como uma mulher normal, nasci com XY de homem.”

Professor Adam Balen, Ginecologista, nos conta:

“Algumas meninas nascem com genes masculinos e produzem hormônios masculinos. Mas parecem meninas. Alguns bebês que parecem meninos, na verdade tem genes femininos e estruturas internas femininas.”

O Documentário prossegue:

“Há cerca de 20 distúrbios que rompem a divisão entre masculino e feminino. São as Anomalias de Diferenciação Sexual, ou ADS.”

As ADSs ocorrem com mais frequência entre gêmeos e ruivos.

A Psicóloga Clínica Aileen Schast, diz:

“A criança pode ter testículos e cromossomos XY, mas a aparência externa de menina e o cérebro a identifica como mulher. Mas também pode ter ovários e cromossomos XX e ser um homem.”

As cirurgias que tentam reparar as ambiguidades sexuais são muito questionáveis e geralmente trazem prejuízos a saúde das crianças. Para muitos especialistas elas são mutilações. Ocorre uma perda significativa dos tecidos sensitivos. A criança talvez não ligue no começo, porém quando tornar-se adulta muito provavelmente se verá frustrada nos seus relacionamentos afetivos. Muitos pais sentem-se culpados por terem filhos com ambiguidade sexual. Querem esconder e proteger a criança.

Um Psicólogo que tem um problema de ADS, passou por 20 cirurgias que em sua opinião, 19 foram completamente desnecessárias. Ele acredita que “a cirurgia não é uma boa opção, deveria ser evitada”. Salvo exceção por uma necessidade médica.

Numa contraposição ao que o psicólogo disse, o documentário mostra o depoimento da Psicóloga Clínica Aileen Schast diz:

“Temos uma menina com Hiperplasia Congênita da Supra Renal que não fez a cirurgia reconstrutiva e agora com 8 anos tem um clitóris saliente de 7 centímetros. Parece um menino. Quando eu pergunto como ela se vê, ela diz “não sei se sou menino ou menina, na minha cabeça sou menina, mas da cintura para baixo sou menino. E não sei o que fazer.’”

O Documentário depois nos conta a história de uma menina chamada katie, externamente uma menina, no entanto, não tinha os órgãos femininos internos. O IMPRESSIONANTE é que ela realmente é uma mulher e uma mulher bonita. Tecnicamente o seu DNA e Cromossomos são masculinos. O documentário diz:

“Nem todas as Anomalias de Diferenciação Sexual são óbvias no nascimento. Muitas afetam os órgãos internos e não são óbvias no dia a dia. Em alguns casos podem ser descobertas após anos. Como aconteceu com katie.”

A mãe de katie relata:

“Aos 6 anos ela escorregou na banheira e começou a chorar e vimos a virilha inchada. Era uma hérnia.”

Katie complementa:

“Lembro da hérnia, doía muito. Lembro de ir pra mesa de cirurgia e deitar na mesa de cirurgia. Foi constrangedor porque fiquei nua na frente de estranhos.”

Documentário:

“Enquanto tratavam a hérnia, os cirurgiões se surpreenderam ao ver um testículo ectópico. Depois descobriram que katie não tinha ovários, nem úteros. E que os cromossomos dela eram XY. Típicos de homem.”

Katie:

“Acho que sou mulher. Sempre gostei de usar vestidos. Passava maquiagem da minha mãe, quando ela não estava e vestia as roupas dela. Sempre fui feminina, adorava roupas, maquiagem, sapatos, joias e essas coisas desde pequena.”

“Me perguntava se alguém me amaria, se era diferente demais para ser amada."

“Acho que temos definições inadequadas sobre o sexo. Mas com o que temos pra definir isso não posso dizer se sou homem ou mulher em termos de gênero. Embora me defina como mulher.”

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