Demorei demais pra terminar esse aqui. O livro é meio enfadonho, contudo, para quem se interessa por teologia histórica vale a pena lê-lo.
A controvérsia arminianismo/calvinismo é o maior embate teológico dentro da tradição protestante, e está longe de acabar. E esse livro vem desmentir as desonestidades vindas dos calvinistas.
Sempre elogiei o sistema calvinista como uma grande força cultural que impulsionou o avanço da educação. Até porque esse foi o tema de minha monografia. Entretanto, enquanto sistema soteriológico é o pior lixo teológico que o homem conseguiu produzir.
Esse livro do Roger Olson é avalassador.
Cada vez tenho mais nojo desses teólogos calvinistas: R. C. Sproul, John Piper, dentre tantos outros.
Estava muito ansioso para ler esse livro em vista do que o Roger Olson tinha escrito em sua obra "Contra o Calvinismo". Esperava uma defesa mais arrojada e pungente. Mas o que vi, foi apenas uma exposição básica e muito fraca da posição calvinista concernente aos cinco pontos que o distingue das outras posições teológicas.
O mérito do livro é não fazer a falácia do espantalho em relação ao arminianismo. Embora o Horton mencione raras vezes esse sistema de crença. De qualquer forma, o calvinismo tem defensores melhores. Digo isso baseado apenas no que li nesse livro. Talvez o Horton não tenha usado todo o seu arsenal argumentativo em favor de sua teologia.
O calvinismo enquanto sistema soteriológico continua sendo um LIXO. Sempre quando o critico tenho sempre em vista uma distinção básica entre a sua relevância enquanto sistema social, econômico e cultural que varreu beneficamente a Europa e o Novo Mundo, do seu sistema dos cinco pontos da Tulipa. Por mais que aquele num certo sentido seja derivado deste.
Um livro que desvenda as influências vindas do protestantismo do século XVI que moldaram a política e a economia da modernidade. O autor é uma autoridade mundial no assunto. André Biéler, é Ph.D em História Econômica e foi Professor da Universidade de Genebra na Suíça.
O protestantismo calvinista foi uma das principais forças que desencadeou o desenvolvimento das nações que aderiram suas novas ideias. O autor observa que os países católicos devido a sua antiga visão hierárquica e dogmática, só se desenvolverão de fato no século XX, enquanto que os países protestantes a partir do século XVII.
"A influência do calvinismo sobre a democratização das regiões conquistadas pela Reforma é considerável. Foi a partir dos escritos calvinistas sobre o direito aos tiranos que os revolucionários democratas justificaram sua ação". P. 83.
É na Inglaterra com a Revolução Gloriosa que se estabelece "a primeira grande democracia na Europa". P. 82.
Quem poderá negar esses fatos?! O catolicismo engessou a Europa durante séculos.
Esse é um daqueles livros que merece ser lido e relido algumas vezes, pelo importante conteúdo exposto e bem argumentado. O autor é habilidoso em explorar as nuances do pensamento fascista tão comum no século passado. Uma visão político-social que infelizmente contaminou a Europa.
Dentre os principais filósofos que forjaram o fascismo, está o filósofo alemão, Nietzsche. Poderia vim alguma coisa boa desse canalha?
O autor focaliza mais o fascismo na Alemanha através de Hitler e seus aliados, mostrando as facetas do fascismo nas artes, na ética, na teologia, etc.
Uma das grandes preocupações do autor dar-se pelo fato do fascismo ainda ter os seus adoradores nos dias atuais. Os autores pós-modernos, quando depreciam/desdenham/desprezam/desvalorizam a razão e arrancam todo valor moral transcendente, acabam descambando para o relativismo e anarquia de todo tipo.
"Uma vez que a razão é minimizada e não há mais um consenso moral, não haverá mais razão para uma discussão racional e análise moral". P. 139.
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